domingo, 24 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Lágrimas

Lágrimas
(Paula Campos Soares)

Lágrimas são o choro da alma
A comunicação quando não há mais calma
Vejo reencontros e lá elas estão
Vejo despedidas no vai-e-vem do saguão

Na fila de espera os casais se beijam
Os amigos se abraçam
A família se enlaça
Pelo rosto elas escorrem e a visão se embaça

Quando a porta se abrir, elas vão aparecer
Você vai sentir, você vai ver
Forte emoção e felicidade farão mais uma lágrima escorrer

Quando não se consegue mais nada falar
Só há uma maneira de se expressar
Os olhos não mentem o que a alma e o coração sentem.
13/10/2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Apostila de preparação para o ENEM

Estão disponíveis os arquivos da apostila que usarei nos terceiros anos a partir dessa quarta (13/10).
Clique nos links e façam o download. Abrirá o site 4 shared. Podem abrir e fazer o download sem susto. Não tem vírus. ;)
São três arquivos. A capa, a apostila e o caderno de exercícios.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

1993...

1993...
(Paula Campos Soares)

Há algum tempo atrás, aconteceu um fenômeno muito estranho. Depois de anos com céu nublado e os dias ora frios, ora feios, ora frios e feios, o céu se abriu repentinamente. Ninguém soube explicar o porquê daquela mudança tão brusca e surpreendente. As nuvens haviam se dissipado como num passe de mágica e embora todos tenham estranhado o fato, a grande maioria não reclamava, pois aquela mudança... aquele céu aberto, que deixava o dia claro, limpo e a noite estrelada, com luar encantador, trazia um sentimento de alívio e paz e fazia com que as pessoas se sentissem felizes e esperançosas por dias melhores.
Quem mais se sentiu feliz foi uma menina que neste lugar vivia. Finalmente ela tinha visto o céu que poucos conheciam e não precisaria mais brincar em meio à escuridão dos dias anteriores. Em toda sua curta vida, já que fizera dez anos havia pouco menos de um mês, ela se sentiu sozinha (já que só tinha um irmão, com quem sempre brigava) e com medo dos dias escuros e sombrios que havia vivido até o momento. Aquele céu até então desconhecido despertava nela uma alegria incomparável e inexplicável, mas ela sabia que não estava assim somente pela mudança do tempo. Ela não conseguia entender por que estava tão feliz daquele jeito. Ninguém a sua volta entendia também. Ela só sabia que estava se sentindo aliviada, uma alegria e uma emoção fortes seus olhos mostravam ao mundo, mas era algo intrínseco demais para se analisar ou explicar.
Logo depois desse dia, ela sonhava frequentemente com uma pessoa, era uma outra menina. Elas já estavam mais velhas, e ao mesmo tempo parecia que elas conversavam numa época mais antiga. Muito estranho! A menina do sonho falava com uma expressão suave em seu rosto: “Vá com Deus. Nos encontraremos em menos de 26 anos. Passa rápido. Você vai ver”. A sensação que a menina sentia é que a outra, a do sonho, era sua irmã. Quando ela acordou, logo pensou que era só mais um sonho, e dos mais estranhos, já que ela, embora sempre quisesse ter uma irmã, só tinha aquele irmão chato.
Aquele tempo passou e a menina cresceu. Não teve mais aquele sonho. Os dias não são sempre bonitos, mas nunca mais foram tão feios quanto aqueles da sua infância. A menina do sonho ela realmente reencontrou como lhe havia sido prometido. Elas são próximas hoje em dia e, embora nem sempre elas conversem de maneira tão suave como conversaram no sonho, a menina sempre se lembra de como aquele dia em que as nuvens se foram havia sido importante para ela, não só por causa da esperança de dias melhores que ele trouxe, mas principalmente pela esperança de reencontrar a menina daquele sonho.
Era dia 2 de outubro...

30/09/2010