quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sem querer

Sem querer
(Paula Campos Soares)

Os olhos embaçados só conseguem enxergar o passado. A festa, os sorrisos, os choros, tudo é passado, mas um passado tão presente que a lembrança dele continuará no futuro.
Ela faz o seu trabalho como se nada tivesse acontecido. Ri, dá bronca, finge que está tudo bem. Na verdade, finge que finge, já que nem fingir ela consegue mais. Faltam-lhe forças. Falta-lhe motivação.
Tenta fazer tudo rápido para evitar mais choro. Despede-se sem falar muita coisa. Resolve todas as pendências. Pega a caixa de papelão com suas coisas e sai pelo portão, com pressa, sem olhar para trás. Não para escapar das lembranças, já que essas estarão para sempre com ela. Cada sorriso, cada bronca, cada lágrima, cada abraço, cada olhar de agradecimento vindo daquelas criaturas tão jovens e com um sentimento tão grande nunca serão esquecidos.
Seus olhos se embaçam novamente ao se lembrar dos outros olhos que assim também estavam e, com um nó na garganta, ela só consegue pensar “foi sem querer”...


19/12/2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Professor Fabrício Dutra

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Professor Fabrício Dutra