segunda-feira, 24 de junho de 2013

Eu protesto!

Eu protesto!
(Paula Campos Soares)

Sempre me perguntei por que os brasileiros viam tantos absurdos acontecendo no país e não faziam nada. Na verdade, sempre fizeram, sempre reclamaram de tudo o que era ruim (não posso ser injusta); porém tal reclamação sempre se deu enquanto papeavam em grupo, na fila do banco, na hora do café, em uma mesa de bar... Amigos reclamavam uns com os outros, desconhecidos faziam o mesmo e quase todos, então, iam para casa, ligavam a TV e passavam o resto do dia vendo sua novela, seu futebol... E, assim, o povo ia engolindo os absurdos.
Há pouco mais de uma semana, os brasileiros acordaram para reclamar, em público. Vamos dar nomes aos absurdos: aumento da passagem do ônibus; aumento dos salários de políticos, enquanto não havia aumento de investimento na saúde, na educação, no transporte; o gasto excessivo na construção de estádios para a Copa do Mundo da FIFA; até mesmo o controle midiático sobre a população. Não conseguiria me lembrar de todas as reclamações que existem por aí, contudo é realmente muito boa a sensação de ver as pessoas, principalmente as jovens, insatisfeitas com nossos governantes e a política brasileira em geral.
No entanto, sempre há o exagero. Protestos foram feitos em todo o país, de cidades grandes e importantes até cidades pequenas e inexpressivas, de norte a sul. Até aí, justo. Só que essas manifestações, que levaram milhares de pessoas às ruas de cada cidade, começaram a acontecer todos os dias. Todos os dias! “Peraí”! Protestos devem mesmo acontecer, passeatas com multidões chamam a atenção de todos, da mídia nacional, da internacional e, obviamente, dos governantes. Todavia, quem protesta todos os dias perde credibilidade, o protesto perde lógica, o movimento perde força e as reclamações começam a ser vistas como birra de criança. Como irresponsabilidade de adolescente, a manifestação passa a ser chata aos olhos de quem a vê e, portanto, perde grande parte do objetivo.
Outra coisa que me preocupa é pensar em até onde as pessoas na passeata estão sendo honestas com elas mesmas e, claro, com o restante da sociedade. Sinto que grande parte dos protestantes está lá só para aparecer, por achar legal “ser rebelde”, chamar atenção (que é o que muitos adolescentes querem sempre). Discutindo o assunto com uma colega, ouvi dela que muitos que agem assim são, ao mesmo tempo, automaticamente, tomados por uma força interna, uma sensação boa, um sentimento nobre de estarem fazendo o bem. Tomara! Espero que essa sensação os contagie para sempre e faça que esta luta por ideias dure gerações.
Ressalto meu orgulho de ver que os brasileiros acordaram (espero que para sempre) para questões tão nocivas ao nosso dia a dia. Fico feliz em vê-los pacificamente (já que apenas pequenos grupos de desajustados estejam vandalizando) lutando por uma causa, na verdade, por várias causas. Mas espero, sinceramente, que aqueles que adotam o “jeitinho brasileiro” deixem de ser hipócritas e notem que essa é a primeira corrupção, a primeira desonestidade de nosso povo e que, infelizmente, ela é tida como parte da nossa cultura. Enquanto a desonestidade estiver no meio do povo, como aspecto cultural, não teremos suporte moral para lutar contra a mesma (em caráter maior) dos nossos governantes.


24/06/2013

domingo, 23 de junho de 2013

Andrômeda

Ao ler o livro "O universo, os deuses, os homens", de Jean-Pierre Vernant, que conta sobre mitos gregos, deparei-me com o seguinte trecho:

Perseu chega à Etiópia, nas margens orientais do Mediterrâneo. Enquanto voa, percebe uma linda donzela amarrada a um penhasco, com as ondas banhando seus pés. Essa visão o emociona. A jovem se chama Andrômeda. Foi colocada nessa triste posição por seu pai Cefeu, cujo reino enfrentou graves desgraças. Comunicaram ao rei e a seu povo que o único jeito de acabar com a desgraça era entregar Andrômeda a um monstro marinho, a um desses deuses do mar, a essa onda capaz de submergir um país. Abandonada, o monstro iria buscá-la e faria o que quisesse: devorá-la-ia ou unir-se-ia a ela.

Aos meus alunos do 2º ano, alguma semelhança com as últimas aulas? Para quem tem memória fraca, eis uma ajuda...


Quadro, de Gustave Doré, que retrata a cena narrada acima. O mesmo que analisamos no capítulo sobre Romantismo, só que bem mais nítido aqui.

Abraço.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Porquês

Quais as diferenças entres os tipos de porquês?
Descubra aqui.

Aula da Semana Diversificada de 2012 - E. E. Henrique Diniz

domingo, 16 de junho de 2013

Dicas para o ENEM

Embora este vídeo seja de 2010, suas dicas servem para 2013 também.
Assistam a ele a fim de se prepararem melhor para a prova.
Bons estudos!


sexta-feira, 14 de junho de 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

Semana Diversificada - Textos

Segue o material usado na Semana Diversificada da E. E. Henrique Diniz para a aula sobre textos e interpretação. Clique aqui para baixá-lo.

Abraço.

segunda-feira, 10 de junho de 2013