domingo, 30 de dezembro de 2012

A continuação do fim...


A continuação do fim...
(Paula Campos Soares)

                No final do ano passado, escrevi um texto falando como que meu ano tinha sido tão ruim, mas tinha terminado tão bem! Sinto-me na obrigação de escrever esta curta nota, hoje, para mostrar que o ano de 2012 foi a continuação do fim do ano passado.
                2012 não foi um ano perfeito... Trabalhei mais do que o normal, cansei mais do que o normal, mas consegui fazer tudo que deveria fazer, sem sofrimento. Meu único sofrimento tem sido a distância de alguns amigos, mas nada que 2013 não ajude a melhorar. Pude enxergar com mais clareza muitas coisas ao meu redor, descobri, assim, que para eu sobreviver em lugares novos, ou não prazerosos, basta a companhia de pessoas legais por perto. Meus colegas de trabalho não sabem como são importantes nessas horas!
                Viajei. Conheci um lugar que sempre quis conhecer. Foz do Iguaçu merece a visita de todos. Conheci lugares que nunca pensei em conhecer e, consequentemente, conheci pessoas que nem sabia que existiam. E vou viajar com uma delas! Meu Deus!
                Posso falar que vivi bem esse ano que passou. Tive alguns problemas (quem não tem?), mas o saldo foi positivo. Lucrei muito. Sempre lucra quem tem amigos. Sinto não podê-los carregar para todos os lados. E nessa distância, reaprendi a escrever e ser honesta e intensa com meus sentimentos. Intensidade nas folhas de papel ou nas teclas do meu notebook. Continuo preferindo escrever a falar.
                Agradeço a todos que fizeram parte do meu ano: alunos, colegas de trabalho, amigos, família, marido... A gente sempre aprende com a convivência. Obrigada pela ajuda de alguns e obrigada pela chatice de outros (a gente aprende a ter paciência). Que 2013 possa ser mais um ano bom e que possa se manter como a continuação do fim.


30/12/2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Who is my best friend?


Who is my best friend?

(Paula Campos Soares)

                I can not complain about my friends. I have few friends, but they are people who I can trust almost all my secrets, because, off course, there are secrets you take with you to the grave. Among all my friends, I may choose two and call them my best friends.
                The first one I am going to tell about is Marina. I may say she is the only female friend I have. We met each other four years ago while we were studying college. She is a very funny person who you may have a very good time with. However, she is quite complicated. She likes to act like the most intelligent person in the group and sometimes she enjoys a little of showing off. But, actually, her worst problem is that she smokes and, for me, few things are worse than smoking. Still, even having some problems, I think she is a great friend.
                The other friend I chose to talk about is my best friend of all, indeed. His name is Felipe. We first met seven years ago, in high school. He is like me in almost everything, for example: we are not people who like to go to dance clubs, we prefer to stay home watching a good movie or talking to our other friends. He is a very responsible and intelligent person, who studies hard to become a great History teacher. Felipe likes listening to good music, and when I say ‘good’, I mean rock music. He doesn’t smoke and doesn’t drink, either. I may say he is a perfect friend for me, I mean, a perfect boyfriend. We’ve been dating for almost five years, and those years have surely been the best ones of my entire life.
All my friends have an important place in my heart, but Marina and Felipe are the ones who I trust more. I have passed through a lot of difficult situations with them and those situations have made our friendship become much stronger. Every time I hear or read the word ‘friend’, I remember them, because I love my friends.

06/2005

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Do outro lado da rua


Do outro lado da rua

(Paula Campos Soares)

                Toda quinta-feira, eu trabalho em três turnos. Para trabalhar no segundo turno, tenho de pegar uma van, disponibilizada pela prefeitura para os professores que trabalham na zona rural. Portanto, quando saio da escola na qual trabalho pela manhã, caminho até um posto de gasolina, onde fico esperando tal transporte chegar.
                A quinta-feira costuma ser o pior dia da semana, contudo sempre vejo uma cena que faz meu dia valer a pena. Que mostra que ainda existe esperança por um ser humano melhor. E é ótimo saber que há chances de termos um futuro em que as pessoas respeitem o próximo, seja ele uma pessoa ou um animal.
                Isso mesmo! Um animal! Cansei de ouvir pessoas falando “eu amo cachorro”. Amam nada! Se todas as pessoas que falassem isso realmente sentissem isso, não haveria tantos cães abandonados pelas ruas. Nunca gostei muito de cachorro, sempre preferi gato. As pessoas são diferentes e têm preferências diversas, mas o fato de não gostar da companhia de determinado animal não é motivo para maltratá-lo. Infelizmente, não é o que vemos por aí. A maioria das pessoas que não gostam de gatos dão veneno para matá-los; as que não gostam de cachorros, simplesmente os deixam abandonados.
                A cena a que me refiro tem como personagens um cachorro e uma senhora. Enquanto espero a van, uma senhora, que deve morar ali por perto, atravessa a rua vizinha, num dos piores horários do trânsito barbacenense (o qual já é, naturalmente, um caos), com um pouco de ração e um pouco de água. Do outro lado da rua, um cachorro a está esperando, ora acordado, ora dormindo, mas sempre lá, em frente à mesma loja ou ao mesmo ponto de ônibus. Ela põe a ração, espera calmamente que ele faça sua refeição, guarda o que ele não quis comer, põe água e, só depois de ver que o cão está alimentado e hidratado, ela volta para sua casa, com a missão cumprida. E esse ritual se repete toda quinta-feira; provavelmente, todos os dias, quiçá mais de uma vez por dia.
Muita gente pode pensar que, se ela gostasse mesmo de cachorro, ela não o deixaria ali, mas sim o levaria para casa. Porém, ela pode ter o mesmo problema que eu tenho: falta de espaço. Ou então tem um marido que não gosta de bicho, ou um filho que tem alergia a pelos. Não devemos julgá-la por não levá-lo pra casa; devemos agradecê-la pelo bom coração de cuidar do pobre coitado. Cachorro não é como pessoa, que pode pedir ajuda ou correr atrás de um trabalho, ele fica ali, contando com a ajuda alheia para sobreviver, depois de ter sido abandonado por alguém que só pensa em si próprio.
Parabéns a ela! Se cada pessoa fosse cativada por ações como essa, um dia cães (e outros animais) deixariam de ser abandonados. Continuo torcendo.

25/09/2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Passaporte


Passaporte
(Paula Campos Soares)

Semana de provas na escola, horários que antecedem o momento de aplicação da avaliação de Geografia, alunos estudando (ou fingindo) e eu aqui, à toa, lendo, passando o tempo, já que minha prova já foi aplicada e corrigida. Isso não vem ao caso. Isso, na verdade, nem é completamente verdadeiro quando se leem as crônicas de Martha Medeiros. Pelo menos, para mim, suas crônicas não só passam o tempo, como me fazem voltar nele, refletir sobre o meu dia a dia, porque ela tem o dom de escrever “sobre mim”. Ah, vocês entenderam! Leio um texto dela e penso em escrever uma mensagem para um amigo; leio outro, e aqui estou, escrevendo um texto meu.
Acabei de ler uma crônica intitulada “Atravessando a fronteira do oi” e, automaticamente, identifiquei-me com o texto. Nesse, ela conta que, enquanto estava fora do país, conheceu uma mulher que ela sempre cumprimentava com um “oi”, quando se viam numa academia da cidade onde moram. Quais são as chances de você conhecer alguém, que mora na mesma cidade em que você, em outro país? Como Martha diz, o passaporte nos libera não só para a entrada em outro país, como também para entrar num outro estilo de vida ou, simplesmente, numa vida diferente: a de outra pessoa.
No meu caso, o passaporte me permitiu entrar na vida de várias pessoas através de uma só. E, por incrível que pareça, atravessamos a fronteira de simples “ois” trocados no curso de idiomas em que eu trabalhava e ela estudava para nos conhecer em NYC. Ótimo cenário, não? Antes eram “ois”, hoje, trocamos mensagens, fotos, telefonemas, confidências, choros, risadas, abraços, livros... Há mais ou menos um ano, consegui o visto que me permitiu ultrapassar, assim como Martha, a fronteira do oi.
Uma crônica escrita no dia do meu aniversário me inspirou a escrever este texto. Coincidência ou não, se hoje leio algum livro de Martha Medeiros, é porque eu aprendi com a guria do “oi”.

24/09/2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mimimi

Mimimi
(Paula Campos Soares)

Uma vez, escrevi um texto chamado "Abaixo o Amor", no qual relatava minha indignação com relação ao "Eu te amo" que via em todas as redes sociais. "Eu te amo" pra cá, pra lá, vindo de pessoas que se conheceram há uma semana... Pura falsidade! 
Hoje em dia, continuo vendo isso, em menor frequência, pelo menos. E os que eu vejo, hoje, parecem mais sinceros. Na verdade, as pessoas têm usado algo mais prático: o famoso s2 ou um "desenzim" de coração. Válido também. Mas continuo sendo crítica dessa prática. Não que eu não tenha coração, gente. Lógico que tenho! Mas as pessoas de quem eu gosto ficam sabendo disso pessoalmente ou, no máximo, através de mensagens diretas a elas. O que me irrita é a pessoa ter de postar para todo mundo ver. O que a pessoa quer? Mostrar o amor dela pela outra pessoa ou mostrar para o mundo que aquela pessoa já tem "dono" (se for com relação a namoro), ou tem outros amigos (quando se trata estritamente de amizade)?
Continuo sendo da opinião de que não é necessário ficar falando sobre o amor que se sente. Quando o amor é verdadeiro, basta um olhar, um sorriso, uma gargalhada ou, simplesmente, um abraço sincero. O resto é querer aparecer.

06/08/2012

domingo, 22 de julho de 2012

Diário de Bordo - Foz do Iguaçu (Dia 4)

Nada importante a contar hoje. Acordamos muito cedo para dar tempo de terminar de arrumar as malas e tomar café da manhã antes de irmos para o aeroporto, já que o voo era às 9h30min. Decolamos com atraso de 20 minutos, mas chegamos na hora certa ao Rio. Voo ótimo, tempo bom, sem turbulência. Demoramos quase uma hora para pegarmos as malas (tinha que ter alguma enrolação no aeroporto, né?), mas, mesmo assim, valeu.
Pegamos a van de volta a Barbacena, paramos na estrada para lanchar, sentimos muito calor (todo mundo com roupa de frio, né). Mas o importante é que chegamos bem. :)


sábado, 21 de julho de 2012

Diário de Bordo - Foz do Iguaçu (Dia 3)


Hoje levantamos cedo para ir ao Paraguai. Todos que me conhecem sabem que não gosto de compras, mas topei numa boa, como uma nova experiência. E que experiência! Uma experiência única! Mesmo. Ciudad Del Este é uma cidade para nunca mais voltar. Dentro dos shoppings é até legal, organizado, mas fora deles... Cidade feia, suja, fedorenta e cheia, lotada, de gente. Praticamente não há calçadas por causa do tanto de camelôs. Sendo assim, você tem de andar pela rua e ser quase atropelado por carros, motos, vendedor com carrinhos... Um caos. Totalmente sem lei! Sem contar os ambulantes que te seguem oferecendo as coisas, quase te puxam para mostrar as mercadorias, você querendo ou não comprar. Valeu a experiência, principalmente para passar adiante uma informação importante: não compensa!
Depois que chegamos ao hotel, aproveitei para descansar um pouco, pois minhas pernas estavam doendo devido a toda caminhada de ontem. À tarde, saímos pelos arredores do hotel até chegarmos à Praça das Nações, um lugar bem aconchegante. Agora, depois de uma pizza no Pizza Hut, é só terminar de arrumar a mala, tomar banho e dormir. Amanhã o dia começa bem cedo...


 Ciudad del Este
Shopping Del Este
Praça das Nações

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Diário de Bordo - Foz do Iguaçu (Dia 2)

Hoje o dia foi daqueles que te faz pensar que valeu a pena tudo de errado que aconteceu ontem. 
Estavam programados para hoje os passeios clássicos de Foz do Iguaçu (Cataratas e Itaipu) e uma ida ao Parque das Aves, portanto, levantamos cedo e saímos em grupo.
Começamos por Itaipu Binacional, usina pertencente ao Brasil e Paraguai, da qual todos já ouviram falar, mas só quem visita tem ideia da grandiosidade da obra. O ingresso dá direito a uma visita guiada, num ônibus double-deck, por todo o complexo. Há duas paradas para fotos, uma delas em um mirante, através do qual se tem uma visão ampla do vertedouro e da barragem. Depois, passa-se por cima da barragem, onde dá para ver a imensa represa, que é linda. Ao final do passeio, vimos um filme que conta a história e os projetos desenvolvidos por Itaipu.
Saímos de Itaipu e fomos para o Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as cataratas. Ver a grandiosidade de Itaipu é lindo, ver a grandiosidade da natureza é indescritível. Realmente. Colocar capa de chuva e, mesmo assim, sair molhado, ver arco-íris tão baixo a ponto de quase tocá-lo, sentir aquele cheirinho de água... Ah! Só vendo as fotos para ter uma noçãozinha de tudo isso.
Depois de uma caminhada de aproximadamente uma hora pelo Parque Nacional do Iguaçu, fomos para o Parque das Aves. Neste, temos contato direto com algumas aves, já que podemos passar por dentro de algumas gaiolas (quase fui atropelada por um tucano, que deu um rasante sobre os visitantes). São várias espécies de lugares e cores diferentes. Realmente lindo!
Saindo de lá, voltamos ao hotel, exaustos, tomamos banho e caímos na cama. Depois de um cochilo, saímos aqui por perto do hotel, para conhecer os arredores e, claro, tomar meu milkshake de baunilha e comer batata frita do McDonald's.

:)

Usina Binacional de Itaipu
 Alguns dos vários quatis no Parque Nacional do Iguaçu
 Cataratas do Iguaçu


 Parque das Aves

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Diário de Bordo - Foz do Iguaçu (Dia 1)

"Acima das nuvens, o tempo é sempre bom. E o sol brilha tanto que pode te cegar..." Sábias palavras cantadas por Fernanda Takai. O melhor momento do dia foi quando estávamos acima das nuvens. 
Nosso dia começou, realmente, ontem. Como a van sairia de BQ rumo ao Rio às 3h30min, resolvemos nem dormir, para não correr o risco de não acordarmos com o despertador. Fizemos boa viagem para o Rio, embora quase tenhamos congelado durante o percurso. 
Quando chegamos ao aeroporto, as coisas começaram a ficar estranhas, iniciando pela TAM, cujos funcionários falavam, cada um, uma informação diferente na hora do check-in. Demoramos a despachar as malas e, como se não bastasse, nosso embarque era, a cada hora, em um portão diferente (quatro, no total). Quando, finalmente, passamos pelo portão certo, vimos que ele não levava a avião algum (o.O), para só então descobrirmos que teríamos que ser levados de ônibus à aeronave, que se encontrava longe do portão de embarque. Entramos no avião e esperamos aproximadamente uma hora para decolarmos, já que o aeroporto de Foz estava fechado devido ao mau tempo. No aeroporto, bom mesmo, foi ter visto o Gustavo Kuerten embarcar antes da gente, embora tenhamos sido muito tímidos para bater uma foto com ele.
O tempo no Rio estava feio, mas, assim que decolamos, enquanto passávamos pelas nuvens, pudemos ver um lindo arco-íris (o que fez valer a pena a espera), embora pudesse ter sido mais bem aproveitado se não houvesse uma família de cariocas chatos sentados atrás da gente (Murphy explica). O voo foi bom e chegamos a Foz por volta das 14h.
Fomos trazidos ao hotel, depois fomos almoçar e depois saímos para ver o Marco das Fronteiras, a Tríplice Fronteira. Bom lugar para se bater fotos e ver os rios Iguaçu e Paraná separando três países (Brasil, Paraguai e Argentina). Fomos ao Duty-Free Shop, em Puerto Iguazu, Argentina; e depois a uma churrascaria que, fala sério, não te deixava ficar sentado lá dentro se você não pedisse carne. Batata não, mandioca não, tinha que ser carne! Absurdo! Saímos e fomos andar pela horrorosa cidade argentina, cuja feiura e frio nos espantaram de volta para a churrascaria, atrás do motorista da van. Pelo menos, a internet lá é grátis. Alguma coisa no restaurante eu consumi e, melhor, sem pagar. :)

 Tríplice Fronteira
 À esquerda, Argentina; à direita, Paraguai; e eu, no Brasil.
Duty-Free Shop. Puerto Iguazu, Argentina.

domingo, 8 de julho de 2012

Tears and fears


Tears and fears

(Paula Campos Soares)

I want to go away
So far away from everything I fear
I want to go away
Get away from where my fears lay

Read, write…
Not think or say
What is wrong or right
If I should go or stay

I need to go away
That’s why I can’t stay
I want to go away
To get away from where my tears lay

06/07/2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Missão


Missão
(Paula Campos Soares)

Desde guria, eu pensava: “Por que estou nesse mundo? Não é possível que eu esteja aqui à toa. Sinto que tenho algo a fazer aqui, alguma missão.”. Lembro-me nitidamente de andar pela rua onde cresci, com esses pensamentos na cabeça. É... Acho que nunca fui normal. Crianças normais se preocupam em brincar, correr, pular. Mentira! Crianças nem se preocupam. Enquanto todas estavam por aí, não se preocupando, eu me preocupava em entender qual era minha missão.
Na adolescência, era tachada de “madura para a minha idade”; na faculdade, não foi diferente, pois eu era a adolescente que via tudo de errado que os “adultos” da minha turma faziam. Segundo os outros, eu estava sempre além da minha idade, dando importância a coisas que não seriam importantes para uma pessoa tão jovem quanto eu. Mas... Espere um momento! Gente, quando criança eu queria saber qual era minha missão neste mundo! Isso, sim, é estranho!
Hoje, minha infância passou, minha adolescência também, e cá estou eu novamente pensando “Qual missão tenho eu neste mundo?”. Cabe aí um pensamento profundo. Tudo bem! É só uma rima, não é um poema. Não consegui fazer um poema, pois só consegui pensar no Raimundo (e eu não queria “plagiar” Drummond).
Poema ou prosa? Amar ou ser amada? Aproximar-me ou afastar-me? Ensinar ou aprender? Continuar ou desistir? Vale a pena ou não? Viver ou ficar me preocupando com a vida? Qual missão tenho eu neste mundo, vasto mundo?

25/06/2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

Nada sobre nada


Nada sobre nada

(Paula Campos Soares)

A arte de escrever sobre nada
Quando não se tem sobre o que escrever
Ah, esta arte!
Esta eu queria ter!

12/06/2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Indiretas Já - Comédia MTV


O povo da MTV, como sempre, arrasando nas críticas.



O que acontece no meio - Martha Medeiros

        "Vida é o que existe entre o nascimento e a morte. O que acontece no meio é o que importa. No meio, a gente descobre que sexo sem amor também vale a pena, mas é ginástica, não tem transcendência nenhuma. Que tudo o que faz você voltar pra casa de mãos abanando (sem uma emoção, um conhecimento, uma surpresa, uma paz, uma ideia) foi perda de tempo.
         Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade pro fim pode ser ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início. Que o pensamento é uma aventura sem igual. Que é preciso abrir a nossa caixa preta de vez em quando, apesar do medo do que vamos encontrar lá dentro. Que maduro é aquele que mata no peito as vertigens e os espantos.
         No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato. Que amar é lapidação, e não destruição. Que certos riscos compensam – o difícil é saber previamente quais. Que subir na vida é algo para se fazer sem pressa.
        Que é preciso dar uma colher de chá para o acaso. Que tudo que é muito rápido pode ser bem frustrante. Que Veneza, Mykonos, Bali e Patagônia são lugares excitantes, mas que incrível mesmo é se sentir feliz dentro da própria casa. Que a vontade é quase sempre mais forte que a razão. Quase? Ora, é sempre mais forte.
        No meio, a gente descobre que reconhecer um problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Que é muito narcisista ficar se consumindo consigo próprio. Que todas as escolhas geram dúvida, todas. Que depois de lutar pelo direito de ser diferente, chega a bendita hora de se permitir a indiferença.
        Que adultos se divertem muito mais do que os adolescentes. Que uma perda, qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.
        No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos. Que passar pela vida à toa é um desperdício imperdoável. Que as mesmas coisas que nos exibem também nos escondem (escrever, por exemplo).
        Que tocar na dor do outro exige delicadeza. Que ser feliz pode ser uma decisão, não apenas uma contingência. Que não é preciso se estressar tanto em busca do orgasmo, há outras coisas que também levam ao clímax: um poema, um gol, um show, um beijo.
        No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário. Que é mais produtivo agir do que reagir. Que a vida não oferece opção: ou você segue, ou você segue. Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é se comparando com os demais. Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade. E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma vida toda, esse meio todo."

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Explicar pra quê?

Explicar pra quê?

(Paula Campos Soares)

As pessoas não entendem, julgam, repreendem
Você não entende, eu não entendo
Não tem como explicar
Não tem como entender o inexplicável
Nem tudo precisa de explicação
E as melhores coisas só quem entende é o coração
Precisa explicar?

23/04/2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A razão e o coração

A razão e o coração

(Paula Campos Soares)

A primeira dita a regra
Te bloqueia, te freia
O segundo impulsiona
Não questiona
Semeia

A primeira diz "não vai"
"Fica! É mais seguro!"
O segundo diz pra não ter medo
"Vai em frente! Pula o muro!"

A primeira quer simetria, rima rica,
Preocupação formal
O segundo quer ser entendido
Poema livre não faz mal

A primeira quer distância entre os dois
O segundo quer momentos, alegrias
Deixa pra sofrer depois!

26/01/2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Textos sobre mim


Paula

É simpática, é generosa
Mas às vezes preguiçosa
Sabe sempre ensinar
Fazendo o seu papel
She is a very excellent girl.

May I go to the bathroom?
May I drink water?
Thank you diga para agradecer
Excuse-me diga para entrar
Assim que ela exige
Da turma toda pra falar.

A todos ela cativa.
Na sala é muito amiga
Gosta de dialogar
E com seu sorriso radiante
A aula segue sempre adiante.


Texto escrito por alguns alunos do 8º ano


Paula

Com sua alegria contagiante
Tem um jeito extravagante
Como professora de Inglês
Tem uma linguagem interessante

Tem um bom senso de humor
Que traz muita alegria
Com sua simpatia
Sempre nos contagia
E com seu jeito de ensinar
Faz do Inglês uma magia.

Patrícia (8º ano)


Paula

Toda quarta ela está lá pronta
Para logo nos ensinar
Inglês é sua matéria
Você pode se preparar

There is ou There are?
Qual deles devo usar?
A Paula está pronta
Para sempre nos ensinar.

Ela quer que aprendamos
Por isso exige Excuse-me
E Thank you para falar
Acredite, a entendemos
É uma professora espetacular.

Kássia, Raquel R., Raquel Ap. e Tânia (8º ano)



Textos escritos para a Semana Literária de 2011, coordenada pela professora Luciane Rocha Cantaruti, da E. M. Cel. José Máximo 

domingo, 1 de janeiro de 2012

E mais um ano se inicia...

Não vou desejar que todos realizem seus sonhos em 2012. Desejarei que todos os sonhos dignos de serem realizados o sejam, que ninguém pise em ninguém para que isso aconteça, que as pessoas passem a ter respeito pelo próximo e conquistem seus objetivos de forma justa e legal. Isso basta.