quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Dia de faxina

Dia de faxina

(Paula Campos Soares)

Ontem foi dia de final de campeonato. Atlético Mineiro e Cruzeiro decidiam a Copa do Brasil e, obviamente, antes do jogo já se viam ofensas mil, principalmente nas redes sociais. E isso significa que ontem foi dia de faxina. Dia de deixar de seguir, de “varrer” aquelas pessoas que não sabem publicar nada que não seja sobre futebol (ofensas ou não, galera! Só queria dizer que existem outros assuntos.) para debaixo do tapete.
Bem, nas redes sociais, a gente bloqueia; em casa, a gente lamenta a falta de educação e de respeito dos vizinhos do nosso prédio, e das pessoas da nossa cidade, que gritam, soltam fogos e fazem buzinaço durante a madrugada. “Peraí”, vocês não trabalham, não? Sério! As pessoas normais merecem descanso e merecem o direito de não saber o resultado de um jogo de futebol.
Tudo isso é exemplo da total falta de respeito que existe por aí. Venho sendo rodeada por ela. Nas ruas, na família, no trabalho... Um exemplo é a insistência. Se você pede algo para alguém e a pessoa nega, respeite. Se você se interessa por alguém, tem o direito de dar em cima da pessoa, mas se a pessoa diz “não”, respeite. “Não” é “não”. Se você acha que seu amigo está muito sozinho (mesmo que ele não reclame disso), tem até o direito de querer arrumar alguém para ele, mas, se ele não quer, aceite o “não”. Respeite. Sou contra esse tipo de insistência. Uma vez dito o “não”, eu respeito. A pessoa tem motivo para negar, galera! Não é à toa. Mas, enquanto eu penso que “não” é “não”, a maioria das pessoas pensa “Não é, não!” e insistem.
Insistindo na insistência, insisto em reclamar de certas atitudes que vejo por aí. Praticamente nada me irrita mais que adultos (“adultos”) que teimam (para não usar o verbo insistir) em agir como crianças, rindo dos outros, gritando, cantando ofensas e irritando pessoas que estão quietas em seu canto, que podem estar assim por causa de algum sofrimento ou podem ser, simplesmente, tímidas, sérias, podem querer apenas balançar a cabeça para cima para cumprimentar ao invés de abrir um sorriso de orelha a orelha e gritar “bom dia!”. Falsidade é questão de escolha. Gostaria que essas pessoas insistissem em coisas mais úteis, como crescer, amadurecer, entender e, acima de tudo, respeitar.
Aos que querem aparecer: sugiro melancia. Pesa menos que suas ações. Aos atleticanos: que não fiquem rindo e desrespeitando o Cruzeiro, atual campeão brasileiro. Aos cruzeirenses: e daí que o título deles é inédito e vocês têm quatro (quando conquistaram o primeiro, ele era inédito para vocês. Não?)?
Dia de faxina é assim, a gente enxerga o que está entulhando e joga fora. Tenho feito isso nas redes sociais, espero ansiosamente que o ano acabe para eu fazer isso em certos grupos sociais (e reais) meus. Poder manter perto de mim, mesmo que virtualmente, o que me agrada e me faz bem. Varrer os desrespeitosos pra bem longe, torcendo para que, se um dia o vento os trouxer de volta, eles já tenham sido varridos do desrespeito.


27/11/2014

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Escolhas

Escolhas

(Paula Campos Soares)

Andando pelo bosque, Tite ouviu um barulho triste. Seguindo a direção do vento, ele descobriu de onde o barulho vinha. Encontrou no primeiro galho de uma árvore baixa um ninho de pássaros, onde havia dois filhotes. Os dois gritavam, incomodados, mas apresentavam comportamentos diferentes: um era agressivo e o outro transparecia uma tristeza no olhar. Tite se identificou com o pássaro triste, fez um carinho nele e voltou pra casa.
Todos os dias, uma vontade enorme de cuidar daquele pássaro enchia seu ser. Sempre que podia, ele ia visitá-lo. Certo dia, ele chegou e o encontrou machucado: "O que houve, amiguinho?", escutou um grito e viu a mãe e o outro filhote chegarem. Chegaram irritados, agressivos e logo ele notou que o machucado foi causado por eles. Ele não poderia deixá-lo ali, sofrendo com sua própria família. Voltou para casa, comprou uma gaiola e no dia seguinte, quando encontrou seu amigo sozinho no ninho, embrulhou-o num lençol e o levou para casa.
Os dois já eram grandes amigos, a melhor companhia de cada um. E assim viveram anos e anos, felizes, contentes, sem de mais nada precisarem. O pássaro não apresentou mais aquele olhar triste e Tite se sentia completo em sua companhia. Com o passar dos anos, porém, o menino notou que seu pássaro se tornara bastante dependente dele, não fazia nada sem ele. Ficou sabendo que estava sempre triste na sua ausência e isso tornou-se um incômodo. Tite, então, pensou: "Vou incentivá-lo a sair da gaiola, andar pela casa e, depois, aprender a voar!". E assim o fez. No entanto, o pássaro não sentia vontade de sair da gaiola e, as poucas vezes em que fazia isso, sempre olhava para Tite, chamando-o e só andava pela casa quando o menino o acompanhava.
E os anos se passaram seguindo tal rotina. Tite sempre se incomodou com a situação e pensou: "Não tem jeito! Terei de deixar a janela sempre aberta, para que ele veja a natureza e tenha vontade de conhecer o mundo.". E assim o fez. O pássaro passou dias só observando. Saía da gaiola e olhava pela janela, via as folhas sendo levadas pelo vento, as árvores balançando, os outros pássaros cantando... Achava tudo lindo, mas bastava ficar ali, observando, e ele ficava feliz.
Certo dia, um barulho ensurdecedor assustou a todos. Algumas das árvores que ficavam em frente à janela foram derrubadas. Triste e com medo, o pássaro ficou o resto do dia encolhido em sua gaiola e dormiu.
Abriu os olhos, sentindo um incômodo imenso. Uma luz que ele não sabia explicar o que era penetrava sua gaiola e o forçava a acordar. Era o desconhecido sol. O pássaro ficou fascinado por ele e resolveu sair pela janela. Assustado e medroso da primeira vez, mas cada vez mais confiante nas outras. E assim, ele conheceu lugares novos, animais diferentes e outras pessoas, inclusive. Tite, no início, ficou feliz, porém, começou a se sentir incomodado a cada vez que o pássaro chegava feliz também. O menino notou que o pássaro era sua única companhia, mas, em vez de passar mais tempo com ele, o menino se isolava de todos, ficava só com seus livros, não brincava mais com seu amiguinho e começou a destratar o passarinho, dizendo que se fosse para ele sair sempre e voltar tarde, ele deveria não voltar mais. E um dia foi isso que aconteceu. Quando já não se sentia mais bem-vindo, foi viver com a luz que iluminou sua vida. Sempre se lembrava com carinho e amor do menino que o salvou de sua família e a saudade sempre o fazia triste e melancólico. Mas esse menino já não era o mesmo. O pássaro olhou para frente, para seu futuro, e viu o sol. Será julgado, com certeza, e tido por ingrato, mas fez sua escolha. Quis arriscar ser feliz.


2014

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Só que não

Só que não

(Paula Campos Soares)

Ah, o brasileiro... Povo tão patriota e compreensivo! 
No Brasil é assim: onde quer que você olhe, você vê a bandeira do país e, lógico, uma pessoa sorridente e feliz por perto. Mas é tanta bandeira no cotidiano, é sempre tão assim, que durante a Copa, é imperceptível uma diferença! O brasileiro não inveja outros povos e tem uma relação muito amistosa com os vizinhos, principalmente os argentinos. Tolera todas as piadas que os hermanos fazem, porque, né?, o que que tem? Não custa nada rir das ironias alheias! Isso tudo porque o brasileiro é compreensivo e, embora nunca zoe ninguém, eu digo NINGUÉM, não se importa de ser zoado.
O brasileiro é tão legal que, quando eu comentei que torceria contra a seleção de futebol no mundial, ninguém fez cara feia, todos aceitaram minha escolha numa boa, disseram que cada um tem uma maneira de pensar e que, se eu não achava o time do Brasil digno de torcida, eu estava certa em torcer contra. Isso mostra como o brasileiro é respeitoso. Gosto muito disso!
Passado o mundial, ninguém se envergonhou do time, as pessoas entenderam que resultados negativos acontecem com todos e, obviamente, aconteceria com o Brasil. Aplaudiram os jogadores, o técnico e, principalmente, a seleção da Argentina, que obteve maior êxito. As bandeiras continuaram pelas ruas, os bares e restaurantes continuaram lotados de brasileiros torcedores, porque o brasileiro não torce por um time, torce por um país. Isso é patriotismo escancarado!
Para mostrar o quão brasileiro o brasileiro é, ele vai demonstrar de novo sua paixão pelo país quando chegar outubro. Porque brasileiro é assim: analisa, estuda a ficha de cada candidato e vota naquele em quem ele realmente acredita, aquele que vai mudar o país. Mesmo sabendo que o Brasil não precisa de tantas mudanças, o brasileiro vai tentar mudar, vai tentar melhorar. "Avante, Brasil!" é o pensamento do brasileiro.
O brasileiro sabe de todos os seus defeitos, mesmo não sendo muitos, e, por isso, sempre faz um exame de consciência, analisando seus erros e seus acertos, tentando sempre ajudar o próximo, já que sabem que um país se constrói com o conjunto, não com a individualidade. Haja visto os times de futebol, exemplos claros do pensamento brasileiro de união.
Isso tudo é o motivo de eu me orgulhar tanto dos brasileiros! Todos são assim, sem exceção. 
#sqn

23/07/2014

domingo, 23 de março de 2014

Saudade?

Saudade?

(Paula Campos Soares)

Estive pensando muito na vida ultimamente, nos problemas que aparecem, nas dúvidas que surgem e senti saudade daquele tempo em que não havia tantos problemas e dúvidas. Ao sentir essa saudade, comecei a analisar o termo e o seu sinônimo "sentir falta". Analisei tanto que me peguei pensando na diferença entre os dois sinônimos, se é que ela existia. Por diversas vezes, ouvi pessoas dizendo que "saudade" só existe na língua portuguesa e isso me fez pensar muito no significado do "sentir falta", já que essa expressão não é privilégio nosso.
Você faz uma viagem muito legal, conhece lugares extraordinários, mas, mesmo assim, sente que a viagem seria bem melhor se aquela sua amiga tivesse vindo com você: ela faz falta. Você sai com seu grupo de amigos, come, bebe, conversa, ri, mas gostaria que aquele amigo que se mudou estivesse ali também: você sente que falta alguma coisa. Você se dá bem com seus novos colegas de trabalho, mas sente um vazio quando se lembra dos antigos: você sente falta deles.
Você começa a pensar na vida e quer voltar para a sua infância, uma época em que ir à escola, jogar bola e andar de bicicleta eram as atividades que preenchiam seu dia. Você sente essa vontade louca de voltar no tempo! Mas sabe que não tem como. Isso é saudade! Você se lembra daquela viagem, não sabe quando vai poder repeti-la, mas quer (ah, como quer!) fazê-la amanhã: saudade! Você se lembra do seu amigo de infância, de como era bom passar o dia com ele, sabe que nunca mais será assim, ele já não faz parte do seu cotidiano, mas você sorri ao pensar que um dia pode vê-lo de novo: isso é saudade!
A saudade pode ser, simplesmente, uma lembrança boa do seu passado, mas é, em grande parte, mais desesperadora, é querer algo que não está ao seu alcance, como voltar no tempo ou se teletransportar para perto de alguém que ama. A saudade dói, corrói; é mais apaixonante, mais apaixonada, mas chega a fazer mal. Sentir falta de alguém, ou de um lugar, é mais reconfortante; você não se sente completo, também dói, falta um pedaço de você, mas é só por algum tempo. Mais cedo ou mais tarde, a pessoa volta, seu amigo volta, você consegue ir de novo àquele lugar maravilhoso (quem sabe sua amiga não vai junto?)... O buraco será tapado e o seu coração poderá, de novo, ficar sossegado e se preparar para sentir falta de outras coisas.
A saudade é mais paixão; o sentir falta, mais amor. Quando você une os dois... Bem, deixa para pensar nisso depois. Tema para textos futuros.


23/03/2014


sexta-feira, 21 de março de 2014

Amplexo

Amplexo

(Paula Campos Soares)

Dentro dele cabe a simpatia de pessoas que mal se conhecem
O reconhecimento de um carinho gratuito
A sensação de um destino fortuito

Cabe a comemoração, o encontro
A amizade

Cabe o reencontro de quem há muito não se via
Familiares, amigos, amantes
Desnecessário se tornam os semblantes

Ele basta

Dentro dele cabe a tristeza da despedida
O sofrimento de uma pessoa querida
Cabem até as lágrimas da esperança perdida

Cabe nele o desespero
A dúvida se vai ou fica
O não saber o que fazer

Dentro dele cabem os fortes e os desolados
Os cuidadosos e os descuidados
Pros idosos ou pras crianças
Ele significa esperança

Amor, consolo, conforto, carinho...

O mundo gira devagarinho...

Dentro do abraço

18/03/2014

segunda-feira, 10 de março de 2014

Lembranças

Lembranças

(Paula Campos Soares)

O nó na garganta, que parecia que não voltaria, deu sinal outra vez
Mandou dizer que está vivo
Que você está vivo
Aquelas músicas, cujas letras você nem sabia, passaram a ter vez
Você canta e ri das letras que agora sabe
Você canta e chora, por serem mais verdadeiras impossível
Aquele cheiro que marcou sua infância, o vento sopra
O faz saudoso
Saudade dele, saudade dela, saudade de dias que não voltam,
Que passaram tão inacreditavelmente rápido que você quase não acredita que aconteceram
Aquele álbum de fotos faz redescobrir
O faz saudoso
Saudade de pessoas de quem nem se lembrava mais, de lugares
De sonhos vividos, ou não
De cheiros

Cheiros
De lugares, de pessoas, de vida...
Fotos...
De lugares, de pessoas, de vida...
Nós que prendem
A lugares, a pessoas, à vida
Que fazem sentir,
Fazem chorar,
Fazem viver

Lembranças...


06/03/2014

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Estranha saudade

Estranha saudade

 (Paula Campos Soares)

Mal começou a semana e já sinto sua falta. Estava tão acostumada a ter você aqui comigo e, de repente, arrancam você de mim. Não pude fazer nada! Nunca posso... A não ser lamentar. E esperar... Esperar outubro, o nosso mês, chegar. Enquanto isso não acontece, vou torcendo para a rotina me distrair e eu me acostumar rapidamente com sua ausência. Você pode não ser importante para outros, mas, para mim, é. Saudade, horário de verão.

16/02/2014


sábado, 25 de janeiro de 2014

Florianópolis (20/01 a 25/01)

A viagem de Balneário até Floripa foi tranquila e rápida. Nem dormi, mas fiz questão de dar uma desligada do mundo e tirar um cochilo, só para não ouvir uma mulher que não parava de falar. Todo mundo do ônibus poderia falar onde ela morava, que ela tinha uma filha e que não fazia ideia de que ônibus pegar pra ir pra casa. Desembarcando na capital, fomos a pé para o Hotel Faial, que é bem perto. Só não contava com uns morrinhos, que fizeram minha mala parecer bem mais pesada. 
Depois de feito o check-in no hotel, saímos para nos ambientar e procurar almoço. As ruas do centro, perto do hotel, são bem estreitas e um pouco confusas, a princípio. Andamos, tomamos chuva de ar condicionado e encontramos um calçadão que ia até a Praça XV de Novembro (Rua Halfeld?). Acabou que lanchamos (parece que todos os restaurantes já estavam fechados) no Mini Kalzone, uma lanchonete ótima que tem aqui. Recomendo o smoothie "Na Moral", que, na moral, é ótimo. Batemos fotos na praça, na catedral e, mais tarde, no mirante da Ponte Hercílio Luz e no Parque da Luz. À noite, comemos no Dona Delícia Beer, que é quase em frente ao hotel. No dia seguinte, andamos pela orla até o Shopping Beira-Mar, almoçamos no Outback, e à tarde ficamos andando por perto do hotel, conhecendo o Mercado Público e o Camelódromo. À noite, fomos até a passarela de pedestre da rodoviária só para bater foto da ponte iluminada.
Foi no terceiro dia que conhecemos os pontos mais famosos da cidade: as praias. Compramos um passeio pelo centro, leste e norte da ilha. Mesmo passeando pelo centro, onde ficamos hospedados, conhecemos coisas novas. Depois, passamos pela Lagoa da Conceição, Joaquina, Barra da Lagoa (onde almoçamos uma Sequência de Camarão no restaurante Dois Irmãos. Dica: só peça isso se o grupo for de três pessoas famintas, caso contrário, não o peça, é desperdício.), praia dos Ingleses, Canasvieiras e, por último, a famosa Jurerê Internacional. Achei tudo muito bonito, realmente, mas as praias não me atraíram. São lindas e só. Mar estranho, muita gente e pouca sombra, quer dizer, sombra zero. Depois de me refrescar nas águas de Jurerê, cujas casas me atraíram mais que a praia e me fizeram me sentir pobre pobre, eu e Felipe subimos para conhecer o Forte de São José da Ponta Grossa, que é muito legal, proporcionando um visual maravilhoso com uma mistura de mar, gramado e construção em pedra. Só deu para bater umas fotos, pois já estava na hora de voltarmos para a van. Chegamos de volta ao hotel com chuva e saímos à noite para comer.
Na quinta e na sexta, já havíamos visitado as praias e quase todas as atrações do centro. Fiquei com medo de ficar entediada, mas tédio é uma questão de opinião. Havíamos descoberto, por acaso, um local na orla, onde poderíamos pegar bicicletas emprestadas por um hora. Isso mesmo: emprestadas!  Você preenche uma ficha, deixa sua identidade como garantia e sai para pedalar. Uma boa chance de passar por baixo das pontes e bater fotos legais. Quem visitar Floripa nas férias terá essa oportunidade. Fizemos isso nas manhãs de quinta e sexta. Na tarde de quinta, fomos ao Museu Histórico de Santa Catarina, perto da Catedral, um palácio muito bonito. O museu é legal, mas tem pouca coisa (principalmente para quem está acostumado com os museus de Minas), além de falta ar condicionado. Fica difícil ficar dentro de um lugar sem ar condicionado. Mas, apesar disso, é um lugar barato e legal de visitar, que ainda possui dois outros pontos positivos: é permitido bater fotos e tem água disponível e grátis! Na tarde de sexta, ficamos arrumando as malas e fugindo do calor. Depois, passamos no Mercado Público para comprar cuia e bomba (!) e, à noite, fomos mais uma vez ao Mini Kalzone (o "Sem Noção" também é bom).
Embora a minha primeira impressão tenha sido ruim e mesmo achando estranho o fato de o centro da cidade ficar vazio à noite, achei a cidade muito linda, agradável (apesar do calor) e as pessoas, em geral, bem educadas. Recomendo a visita à cidade. Uma capital que não tem cara de cidade grande e tem um beleza natural deslumbrante.


Mercado Público

Ciclovia Avenida Beira-Mar





Museu Histórico de Santa Catarina





Catedral

Jurerê Internacional


Forte de São José da Ponta Grossa


Canasvieiras


Barra da Lagoa

Joaquina


Mirante da Lagoa da Conceição

Mirante da Ponte Hercílio Luz


Calçadão

Orla - Av. Beira-Mar


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Balneário Camboriú

Maratona do 1º dia - 17/01/2014
Para quem mora em Barbacena, qualquer viagem maior requer muito esforço. Resolvi fazer uma loucura e viajar para Florianópolis (sempre foi um sonho) e, de quebra, conhecer o tão famoso Balneário Camboriú. Sendo assim, eu e Felipe teríamos de ir ou para o Rio ou para BH para pegar o voo. Escolhemos o Rio, simplesmente por ser bem mais barata a passagem aérea. 
Nossa maratona começa às 2h29min, na rodoviária de Barbacena. A Útil (só que não) já demonstrava que a viagem seria boa logo no início. Esperamos por uns dez minutos pelo funcionário que coloca a bagagem no ônibus e só depois a lesma do motorista foi ver o que estava acontecendo que o cara não aparecia. Conclusão: não tinha ninguém para tal tarefa e o próprio motorista, muito mal humorado, colocou, sem qualquer etiqueta de controle, a bagagem no ônibus. Saímos atrasados, mas ok. Só que, numa das primeiras curvas da estrada, o motorista mostrou que não era tão lesma assim e eu fui morrendo de medo até, mais ou menos, Juiz de Fora, onde o cansaço bateu mais forte e eu (ainda bem que fui eu) capotei. Quando voltei a abrir, com dificuldade, os olhos, já estávamos chegando ao Terminal Rodoviário Novo Rio, que continua lindo (só que ao contrário), lanchamos por lá mesmo e, assim que decidimos ir para o Galeão, fomos assaltados, porque pagar R$80,00 de táxi só pra ir até o aeroporto é um assalto. Mas fazemos de tudo quando estamos com mala e cansados... 
Aceitamos o assalto e fomos para o aeroporto. Chegamos lá cedo e ficamos esperando nosso voo, que seria às 11h10min. Lanchamos por lá antes do voo e ficamos meio que dormindo em pé (sentados, na verdade). Na hora de ir para a sala de embarque, fui escolhida pelo Raio-X para ter a bolsa revistada (só porque eu aceitei o assalto do táxi?). A boa surpresa é que o aeroporto parece que, finalmente, está melhor e mais bem organizado. Mas, como não poderia deixar de ser, eu e Felipe embarcamos no portão que nos leva até o ônibus que nos leva até o avião, que está lá longe... Lado bom: sempre dá fotos legais do avião e do aeroporto. Decolamos no horário, o voo foi tranquilo, dormi mais um pouco e logo chegamos a Floripa. Pegamos nossas coisas, um táxi e fomos para a rodoviária. Lá pegamos o ônibus para Balneário pela empresa Catarinense. O trajeto é curto, mas o ônibus passa por Tijucas e Itapema, o que não é ruim para quem está a passeio, como nós. Só que eu dormi a viagem inteira e vi quase nada.
Chegando a Balneário, prometi não reclamar tanto do trânsito de Guarapari. Loucura. O taxista que nos levou ao hotel, para desviar do local de um acidente, andou na contramão e, se não me engano, passou por cima até de calçadas. Bem... O hotel... Ah, o hotel! Tudo que a gente mais quer depois de uma maratona dessa é o hotel. E o Rieger é ótimo. Além de ser pertinho da praia, tem salão de jogos, piscina, sauna, academia... Pode escolher! Eu escolhi a piscina e os jogos. Andamos pela orla um pouco, só para nos ambientarmos. E fomos conhecer o Atlântico Shopping que, embora pequeno, é perto e tem uma boa Praça de Alimentação, com opções variadas e deliciosas. Vale a pena experimentar, em especial, os sanduíches da lanchonete Crocodilos e os lanches da Arabias.

2º dia - 18/01/2014
Levantamos cedo, lanchamos (hotel já vale a pena só pelo café da manhã) e fomos para a Praia Central. A praia é linda, a areia é fofa e confortável para pisar, a água, ao contrário do que pensava, é uma delícia e as ondas (um aviso para a sogra) são fofas. Esse foi nosso programa nas três manhãs que passamos na cidade. Alugávamos uma barraca e cadeiras e ficávamos aproveitando a praia por umas duas horas.
Na tarde desse dia, almoçamos no Atlântico, restaurante Brasileiríssimo, e decidimos ir a pé (isso mesmo) até o Parque Unipraias. Sabíamos que era longe, mas ficou mais cansativo quando descobrimos que a câmera estava sem o cartão SD e, ao invés de voltarmos ao hotel, resolvemos procurar uma loja que vendesse um. Depois desse desvio, de muito sol e muito filtro solar, chegamos ao Unipraias, que é um parque que nos leva a um mirante na Mata Atlântica e à praia de Laranjeiras. O acesso é por teleférico. Eu e Felipe vencemos nosso receio (medo de altura mesmo) e compramos os ingressos (R$36,00 ida e volta... achei barato). Ao entrar no teleférico, daqueles que não param (pegar o bonde andando), bateu aquele medo e, em mim, aquela claustrofobia básica, já que em cada um cabem apenas seis pessoas sentadas. Você vai subindo e vendo a cidade e, depois, subindo mais ainda e vendo mato, mas é rápido e muito legal. Descemos na Estação Mata Atlântica, onde alguns passeios mais radicais são oferecidos, inclusive tirolesa, e fomos bater fotos da cidade, através de um mirante que tem lá. Pegamos o teleférico de novo, agora com direção à Laranjeiras. Visual lindo, mas antes de entrarmos, fomos avisados de que ele poderia parar e, lógico!, ele parou, ainda na parte mais alta. Sensação sufocante ("não posso pular...") e o vento ainda o balançou um pouco, mas nada que dez segundos não resolvam e você se acostume. Um ou dois minutos depois, ele andou de novo e rapidamente estávamos na Estação Laranjeiras (não tão rápido quanto as pessoas que foram de tirolesa (você olhava para o lado e lá estavam elas... vupt!). Em Laranjeiras, sinceramente, não havia muito o que fazer. É só uma praia muvucada e um monte de restaurantes grudados uns nos outros e na praia. Já havíamos pegado praia e almoçado, portanto apenas demos uma rodada e subimos de novo. Na verdade, pegamos a fila (nunca volte por volta das 16h) por vários minutos e com muito calor e, depois disso, decidimos não descer de novo na Estação Mata Atlântica. Chegando de novo à Estação Barra Sul, onde tudo começou, decidimos bater umas fotos por ali mesmo e voltar para o hotel a pé (querer ser jovem é um problema...). Voltamos. Mas com paradas em vários bancos da praia, procurando sombra e, quando a visão começou a ficar embaçada, paramos em uma sorveteria para recobrar as forças. Por volta das 19h, quase chegando ao hotel, decidimos comer na Pizzaria Bis, que me lembrou um pouco Pizza Hut, e evitar sair de novo do hotel. Hotel: descanso, piscina de hidromassagem (eu precisava) e sinuca.

3º dia - 19/01/2014
Manhã: mesmo procedimento do dia anterior. Com direito à piscina na volta da praia.
Tarde: o que faríamos? Não queríamos nada muito longe porque não aguentaríamos andar muito e não pagaríamos caro um táxi. Decidimos conhecer o Cristo Luz. É perto do hotel, mas é num morro, né... Como bons católicos (só que não), fizemos a penitência de subir a pé. Trajeto cansativo por ser subida e por ter pouca sombra, mas, para uma pessoa como eu, que já havia subido o caminho para o Parque da Cidade, em Niterói, a pé, e sobrevivido... O lugar é legal por ser um mirante, mas achei que cobrarem R$12,00 só para você poder entrar e visitar o mirante foi um absurdo, já que todos os restaurantes estavam fechados (à noite é R$24,00 só por estarem abertos) e tivemos que esperar um tempo para conseguirmos comprar um picolé. Mas foi um passeio legal mesmo assim.
Voltamos ao hotel, a pé, lógico (para baixo, todo santo ajuda), descansamos e, à noite, fomos ao shopping para comer e assistir um artista trabalhar.

4º e último dia - 20/01/2014
Manhã: mesmo procedimento do dia 18, check-out do hotel e passagem na mão para Florianópolis.
Saí com a ótima sensação de ser surpreendida por uma cidade da qual não esperava muito e com medo de ir para Floripa e sentir saudade da Capital Catarinense do Turismo, a Dubai brasileira. Adeus, Balneário. Muitíssimo prazer!