Anos atrás, eu decidi fazer um Diário de Bordo de todas as minhas viagens. Consegui, mais ou menos, em algumas. Fui passar a virada do ano em São Paulo e fui determinada a escrever todos os dias. No entanto, notei que, quando a viagem e a companhia são melhores que notebook, todo o resto perde importância. Estou bem atrasada em escrever sobre São Paulo, porém, aproveito a data de aniversário da cidade para prestar minha homenagem.
Para começar, devo dizer que a escolha de São Paulo se deveu ao fato de eu me sentir deslocada do mundo por não conhecer a cidade, a maior do Brasil, da América Latina. Como meu plano é, sempre que possível, não passar viradas de ano em Barbacena, decidi o destino, chequei se cabia no meu orçamento e pronto. Fui pensando que nem iria gostar da cidade, mas que deveria ter essa história para contar.




Por falar em réveillon, fomos para a Paulista. Talvez tenha sido o ano de pior programação, mas, de novo, eu tinha de ir só para poder contar a história. Resumo: se você gosta de um amontoado de gente e de bagunça, você vai gostar. Se não gosta, assim como eu, não vale a pena. Ainda por cima, colocaram o palco do lado oposto aos fogos e não conseguimos ver o que, para mim, seria a parte boa da noite. Não vi os fogos e até hoje me pego pensando se o ano realmente virou. :/
Bem, não vou detalhar todos os dias aqui. 2017 vai começar com itens:
- Transporte
Perdemos um pouco de grana até comprarmos o Bilhete Único e sermos felizes. Com ele, você tem desconto nas tarifas quando, num mesmo "trajeto", pega ônibus e metrô e, melhor ainda, pode pegar, se não me engano, quatro ônibus pagando apenas uma tarifa (R$3,80), desde que dentro de duas horas. O transporte público me pareceu funcionar muito bem e rapidamente e o metrô é muito fácil de usar. Ponto positivo para Sampa!
- Cultura
Museus são importantes para qualquer pessoa. Eu gosto muito de conhecê-los e lamento muito, como professora, o fato de o Museu da Língua Portuguesa estar sendo reformado. Fica para uma próxima. Fui ao MASP, obviamente. Dica: visite-o numa terça (toda terça a entrada é gratuita). Achei muito legal. As exposições são trocadas de tempos em tempos, mas tinha uma de quadros que estava no subsolo que foi minha favorita. Só pinturas da cidade de São Paulo. Muito legais! Fui também à Pinacoteca, do ladinho da Estação da Luz. Enooooooorme! Andei até minhas pernas ficarem doces. Duvido que tenha conseguido visitar tudo, mas gostei bem do que vi. Não conheci mais lugares por falta de tempo e planejamento, mas fico feliz pelo que consegui visitar.
- Gastronomia
Onde comi e recomendo:
Si Señor! (Já falei sobre ele).

Como somos vegetarianas, ficamos tentando experimentar os restaurantes próprios. Fomos ao Maoz, que é uma rede fast food mundial, que já conhecíamos de outra viagem.
Fomos a uma hamburgueria com várias opções vegetarianas e veganas, a Castro Burger, que tem esse nome em homenagem ao bairro de Castro, de São Francisco, na Califórnia, conhecido como o bairro gay da cidade e, portanto, o atendimento da hamburgueria é muito voltado ao público LGBT, demonstrando seu orgulho e respeito. A comida e as bebidas são deliciosas, o atendimento é respeitoso e educado (como em todos os lugares que frequentei lá) e a decoração é toda focada em São Francisco. Nem precisa falar que eu amei, né?
Almoçamos no Cachoeira Tropical, outro restaurante com várias opções vegetarianas e veganas, inclusive nas sobremesas. Preço fixo por pessoa, porém bem razoável para quem não come muito.

Ah, experimentem também o Bar da Dona Onça! Lugar lindo de sobremesas que nos deixam felizes.
- Segurança
Tirando o fato de o centro da cidade ser a parte mais perigosa, onde você não deve bobear com seus pertences (dizem que se você mantiver suas coisas firmes com você, dentro da bolsa e tal, não há problemas... as pessoas não chegam puxando sua mochila ou com uma arma na sua cara), a cidade se mostrou incrivelmente segura. Não nos sentimos ameaças em momento algum. Tão diferente do Rio! Eu simplesmente amei andar em São Paulo. Ponto positivo pra Sampa.
- Mirantes
- Lazer
Ibirapuera!
Parque da Independência!! O Museu Paulista (ou do Ipiranga) estava fechado para reforma (óóóóóó), mas o parque é lindo. Acho que o lugar mais bonito que vi por lá. Com direito a monumento, jardins e árvores, e o riacho do Ipiranga (tão histórico!! mas ô, trequinho feio, sô!), o lugar é de babar. Eu, particularmente, fiquei empolgada, apaixonada mesmo. Ô, saudade!
- Pessoas
Por fim, as pessoas. Gente de São Paulo, eu amei vocês! Pessoas gentis, educadas, respeitosas e, o melhor, além disso tudo, nem um pouco invasivas. Deus sabe como eu detesto pessoas invasivas, que falam "oi" e já te adicionam no Facebook, WhatsApp, se convidam para morar com você e não param de ligar, mandar mensagens e tal. "Some, diabo!". Tem gente, muita gente, estados inteiros precisando de aulas com os paulistanos.
Não entendo como existe rixa de outras cidades com São Paulo. Essa cidade só não tem beleza natural... Em todo o resto, ela dá um banho! #teamsampa
Parabéns, São Paulo. E feliz aniversário!
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